O Amor

Seria tão bom sair por aquela porta e conhecer alguém sem precisar
procurar no meio da multidão. Alguém que soubesse se aproximar sem ser
invasivo ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante.
Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse
nossas máscaras, que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não
me prendesse, não me limitasse, não me mudasse, alguém que me roubasse
um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me
ameaçasse. Que me dissesse que
eu canto mal, que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse
desastrada. Alguém de quem eu não precisasse.. mas com quem eu quisesse
estar sem motivo certo. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis,
que eu não conseguisse olhar em outra direção. Que me encontrasse até
quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair
por aquela porta e conhecer alguém imperfeito, mas feito pra mim....



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Criando uma mente saudável



A Criança e os Pensamentos Negativos

 

Uma mente cujo conteúdo ainda não pertence a nenhuma crença, ou tradição, ou senso do que é errado ou certo, assim é uma mente infantil. Bandido e mocinho é coisa de adulto. Para uma criança a origem daquilo que vai aprender a imitar, pouco importa, pois a lógica do que convém ou não, nela ainda não existe.
Como uma esponja, com extraordinário poder de absorção, assim é também a mente fresca de uma criança. Seus sentidos extremamente apurados, mais que o de qualquer adulto, captam tudo à sua volta, com a mesma voracidade que um animal faminto se atira sobre sua primeira refeição do dia. É uma estratégia da natureza, uma vez que uma mente humana, por ser muito mais complexa que de qualquer animal, precisa de grande flexibilidade e muita informação.

Assim ela é capaz de aprender mais de uma coisa simultaneamente, depois de memorizar cada particularidade, de cada uma delas, requisito essencial para a etapa seguinte, que é a construção de um formidável banco de memórias. Graças a essa característica, única no reino animal, a criança mais tarde será capaz de deduzir, o que quer dizer, pensar de forma organizada, lógica, e a partir daí planejar e agir.
  Nessa disposição ímpar para aprender, ela é capaz de assimilar qualquer coisa, inclusive as más influências e os estados emocionais negativos dos adultos, especialmente os entes mais próximos. E, sem saber separar o que convém daquilo que não convém, acaba por incorporar tudo que consegue captar, ao seu padrão de pensamento, que logo se transformará em sua personalidade.

Desse modo, pode surgir uma personalidade que vislumbra as possibilidades negativas ou as positivas, de cada situação ou circunstância. Terá ou não uma predisposição para julgar tudo pelo lado pessimista ou otimista. Poderá crescer com a certeza de que se dará mal ou bem na vida adulta. Ao seu lado, como parte integrante e operacional do seu modo de ser, poderá ter um sistema emocional que facilmente sucumbe às adversidades, ou o seu contrário, uma forte disposição a enfrentar com altivez cada uma delas.

Lembre-se, que tudo isso são formas especificas de pensar, e consequentemente, agir. Assim, isso ela aprende, do mundo à sua volta, dos seus influenciadores mais próximos. Se apreende através da imitação, se assimila, se grava em sua memória como coisa válida, será porque alguém a ensinou, e esse alguém, nesses primeiros estágios de sua vida, é provável que sejam os seus entes mais próximos.

Do mesmo modo, o otimismo, também se aprende, e a regra é a mesma daquela que é válida para a capacitação anterior. Sim, pois trata-se de uma capacitação, que podemos chamar de habilidade. Uma capacitação, não reflete apenas boas condutas ou comportamentos produtivos, pois, um mau hábito, também é uma capacitação, uma habilidade que foi desenvolvida.

Assim, a criança pode se tornar um mestre em pessimismo, ou em otimismo, e tudo isso depende daquele, ou daqueles que o ensinam, de forma indireta ou direta. Quando uma mãe ou pai senta-se com ela para ajudar nas tarefas de casa, isso é instrução, e isso tem, nessa fase de suas vidas, pouco valor. Mas, ao contrário, suas condutas diárias, seu modo de relacionar-se com as pessoas e situações, o modo de falar, os hábitos, as queixas, estes são de longe as coisas mais importantes na educação indireta dessa criança.

Uma queixa seguida do estado emocional próprio, irritação, intolerância, agitação, gestos de violência, também prepara, instrui o emocional dessa criança a agir da mesma forma. Quando a impaciência e seus efeitos emocionais tomam conta de nossas ações e nos descontrolamos, tais comportamentos são de longe, os melhores instrutores desse novo personagem que ainda busca bagagem para construir sua personalidade.

Não tem ela, a criança, como separar aquilo que julgamos coisa inválida da válida, uma vez que ela ainda não sabe pensar de forma lógica. Mas, imitar até gradualmente atingir à perfeição, isso ela já é capaz de fazer. E assim, aos poucos, pelo exemplo diário, ela se aperfeiçoa, e finalmente seu sistema emocional se adequa, aprende a reproduzir na íntegra, as pantomimas dos mestres que estão à sua volta.

Finalmente, devemos estar cientes, que uma personalidade não é uma dádiva da natureza, mas da sociedade. A natureza não cria personalidades, mas antes disso, apenas a capacidade de imitarmos uns aos outros. Desse modo, psicologicamente, nós criamos os personagens que serão nossos filhos, e não a misteriosa natureza que nos deu o dom da vida. A natureza detentora do dom da vida, não cria as personalidades ou as preferências que possui cada indivíduo, isso é papel da mente social do meio onde vivemos, da sociedade, da qual somos parte integrante.

Lembre-se, instrução é toda informação que orienta o outro como fazer determinada coisa, e para uma criança, isso não importa a origem. Se vem do bandido ou do mocinho, para ela pouco importa, pois a informação é a única coisa que sua mente fresca, ávida por qualquer coisa, considera relevante.

As Frustrações Infantis
 

A angústia infantil, herdada do adulto, é uma qualificação como outra qualquer. É pura instrução passada de pais para filhos, numa cadeia de repetição interminável, sem uma origem identificável, sem um fim previsível...
Educador não deveria ser aquele que simplesmente instrui; que ensina qualquer coisa. Pode ser um mau hábito ou um bom hábito, ambos são conhecimentos. Um instrutor normalmente faz isso, é um multiplicador do conhecimento. Pode ser uma experiência pessoal, ou uma tradição milenar, ambas são instruções.

Um livro pode se tornar um eficaz educador, assim como um mito, uma crença, um tabu, uma propaganda que pretenda criar novos hábitos de consumo, ou novos estilos de comportamento, e todos estes podem ser chamados de instrutores. Se aquilo o que se prestam a ensinar é coisa inútil ou útil, isso é outra história, o que não anula seu papel de preceptor, de professor. A maioria dos chamados "professores" do mundo são assim.
  Quando observamos o viver da humanidade, suas formas de convívio social, suas angústias coletivas e individuais, os meios que criam suas ansiedades, seus medos, suas vaidades e ganâncias, coisas que são partes da sua extensa cadeia de problemas existenciais, não podemos negar que tudo isso também faz parte do seu conhecimento acumulado, desde as primeiras gerações.

E como este conhecimento formata, dá origem ao conteúdo da mente dos novos indivíduos, que por sua vez dão forma a essa mesma humanidade, podemos afirmar que o mundo é nosso principal instrutor. Ele se manifesta através de nós, seu pensamento é nosso pensamento, suas necessidades são também as nossas, assim como seus objetivos existenciais, e tudo o mais.

E o mundo repassa então seu conhecimento para seus filhos. E se esse mundo não caminha em nenhuma direção coerente, também esse será nosso destino. E através de nós, seu pensamento se transforma em ação, e através de nós seu pensamento poderá permanecer inalterado, ou talvez, ser mudado.

E eis que surgem nossos filhos, os adultos do futuro, como livros com folhas em branco, folhas nas quais podemos escrever qualquer coisa, até nossas frustrações e medos mais ocultos. Também nossos desejos e vaidades, nossos desafetos e afetos, parte da nossa personalidade. Eles não podem evitar que isso se cumpra, mas, como educadores ou pais, se estivermos cientes desse fato, podemos alterar essa escrita.

A sensação de não se ter um desejo realizado, um resultado idealizado e planejado diferente do esperado, esse é o sentimento que conhecemos como frustração. Claro que crianças, pelo menos as bem pequenas, ainda não sabem o que é isso, pelo menos não conhecem as muitas causas capazes de despertar tal sentimento.

Embora o sentimento de frustração seja coisa inata, e para as razões do instinto de sobrevivência de cada um, seja coisa bastante útil e necessária, nós, como seres racionais, lhe damos um fim bem diferente da coisa original. Sentimento de frustração, o original, é coisa do instinto. Serve para nos alertar dos perigos, das coisas que podem colocar em risco nossa integridade física. Isso nos faz chorar quando estamos com fome, no berço, longe de nossa mãe, e assim por diante.

Se essa frustração primária é coisa inata, a frustração do adulto, criada a partir dos obstáculos ante à realização dos seus desejos, das insatisfações criadas pelo seu pensamento, sempre que não é capaz de ver concretizada uma vontade sua, mesmo que seja simples capricho, esta, é de sua inteira autoria e responsabilidade.

Esta ele cria e repassa para seus filhos, e educandos. Esta frustração ele primeiramente aprende dos seus ancestrais, depois dá de presente aos seus descendentes. É assim, tem sido assim por muito tempo, se isso continuará de maneira indefinida, tempo adiante, isso, apenas nós, como multiplicadores de tradições, costumes e personalidades, somos capazes de dizer.

Perceber que a coisa ocorre desse modo, isso é o despertar da verdadeira inteligência. Só podemos ensinar se nos tornarmos inteligentes, ou então apenas seremos "instrutores", ou multiplicadores das deformações que já existem em nosso mundo. Ensinar a ser inteligente não é a mesma coisa que ensinar a repetir aquilo que já praticamos. Inteligência começa com questionamentos, com liberdade plena para duvidarmos, de tudo, de qualquer coisa.

Isso nos dará disposição para estarmos dispostos a nos transformar, não apenas porque diz a autoridade de alguém que deva ser assim, mas porque, pelo bom senso, percebemos que esse mundo, com suas incoerências e vícios, definitivamente, não é o modelo que desejamos para nossos filhos, e educandos, nem para os futuros herdeiros destes.

A Criança e os Vícios

 

Para uma criança, ávida para imitar alguém, qualquer influência, seja do lar ou de fora, deve ser medida com cuidado. Ter preocupação não é suficiente, é preciso criar no ambiente familiar um diálogo consistente, forte o suficiente para resistir às pressões dos comportamentos negativos que rondam todos os jovens.
Se observarmos com atenção, podemos perceber que nosso inteiro modo de olhar, de avaliar as coisas à nossa volta, é tendencioso e seletivo. Nossos olhos estão na verdade sempre procurando coisas que sejam do nosso agrado. Buscam as coisas que nos proporcionem algum tipo de satisfação, qualquer que seja, sejam por coisas bizarras, ou belas.

Satisfação é então uma coisa conhecida, coisa já experimentada antes, que faz parte de nossas lembranças. Provamos uma vez e se nos agrada, ficará classificada, rotulada em nosso cérebro como fonte de prazer. Não podemos desejar repetir uma coisa que nunca provamos antes, que ainda não classificamos como desagradável ou agradável.

E existe a primeira vez para tudo, mas apenas a partir da segunda vez, seremos capazes de desejarmos conscientemente aquela coisa, de elegê-la de forma pensada, consciente, como algo que nos desagrada ou agrada. E assim nascem nossas preferências, sejam elas de qualquer natureza.
  Se nunca provamos de certa fruta e ao provarmos, sentimos saciedade, satisfação, logo está criado um vínculo entre nós e ela. É um vínculo de prazer, e agora sabemos que ela existe para nos proporcionar algum tipo de satisfação.

Inicialmente, não existe uma relação entre indivíduos, ou objetos, sem que não exista entre eles um vínculo de prazer. Observe nosso tato, como prefere a superfície terna à crespa. Trata-se de uma coisa involuntária, um ato mecânico, instintivo. Basta observar uma criança bem pequena. Embora conscientemente ela não saiba por que, irá preferir o objeto suave ao invés do áspero, uma vez que áspero significa agressivo, perigoso, do ponto de vista da autopreservação, enquanto que o outro, representa segurança, conforto. A mesma regra se aplica ao nosso modo de olhar.

É complexa a fisiologia mental do homem, mas, ao contrário do que imaginamos, também a coisa bizarra, exótica, extraordinária, nos atrai. Trata-se de uma forma natural de confrontarmos, de avaliarmos aquilo que classificamos como belo. Sem o bizarro não existe o belo, assim como sem o trágico não existe a harmonia.

É de suma importância estarmos cientes desse fato. Na mente infantil ainda não existem lembranças suficientes para que um juízo perfeito, uma avaliação consciente de qualquer fato possa ser feita com o discernimento que nós adultos já possuímos. Assim, belo e bizarro, para elas, são quase a mesma coisa; o crivo das restrições para aquilo que classificamos como do mal ou do bem, ainda não está consolidado.

Como aprendem pela imitação, ao verem alguém contente, supostamente feliz a partir da experimentação de alguma coisa, especialmente se tais pessoas são de sua confiança ou do círculo de confiança dos seus entes mais próximos, sentir-se-ão naturalmente predispostas a praticarem a mesma coisa. Errado e certo é uma regra que não se aplica a sua mente fresca, ansiosa por novos experimentos, lugar onde as restrições não são bem vindas. Aprender a partir dos erros é a regra natural da sobrevivência, do instinto de preservação que trazem do berço.

Estarmos ciente disso, de que aquilo que julgamos errado ou certo se consolida em nós a partir das vivências pessoais, nos faculta a orientá-las desde cedo sobre o que é ou não necessário à sua experiência de vida, que não precisam cometer os mesmos erros, já antes cometidos por nós, para então descobrirem que aquilo não é coisa válida.

Existe coisa mais prazerosa para uma criança, quando descobre que não precisa falar sempre a verdade para sua mãe? Imagine que, com isso, ela é capaz esconder suas faltas e ainda receber compensações. Assim, ela pode muito bem dizer que fez a tarefa de casa, ou escovou os dentes, ou foi dormir cedo, por descobrir que sua mãe não tem meios de saber se ela está ou não dizendo a verdade. Essa descoberta, de que as palavras servem para ela esconder seus deslizes ou faltas, abre diante dela um imenso mundo de atraentes possibilidades.

Ela agora pode mesmo criar diante de sua mãe, uma falsa imagem a respeito de si mesmo, ou de qualquer outro, pois para isso, bastam as palavras. Mas isso ela só poderá ter aprendido observando outro, vendo como se faz, jamais sozinha.

E se antes ela temia seus pais com medo dos castigos prometidos, agora, desde que não seja pega em flagrante, estará a salvo. Mas a partir desse ponto precisará cultivar uma imagem, aquela que seus pais aprovam, e outra, aquela que eles não precisam saber que existe. E tudo isso ela aprende em casa, com seus próprios pais, irmãos e amigos, ou diante dos seus grandes instrutores modernos, a Televisão e a Internet.

E supondo que seus pais, ou irmãos, ou tios, ou amigos respeitados pelos pais, tenham um vício qualquer, como será que aquela criança reagirá diante dessa situação? Uma mente infantil é uma incógnita, e ao mesmo tempo uma coisa extremamente sensível, fortemente sujeita às induções, sugestões, especialmente se tais influências partem de pessoas que ela julga respeitáveis, ou nelas confia, ou foram aprovadas por pessoas que ela admira, como, por exemplo, seus pais, irmãos, ou melhores amigos.

Supondo ainda que seus pais não possuam vícios e em casa dão o bom exemplo. Mas suponha que os melhores amigos dos seus pais, que elas também, por empatia, acabem por respeitar, estes também poderão lhes servir de guias para construção do seu modelo de ética, bons costumes e preferências pessoais. Elas pensam: "se meus pais o aprovam, uma vez que abertamente nunca o contestaram, então a atitude deles é coisa certa...".

Por isso, bom exemplo é importante, mas não é suficiente. É preciso que além do bom exemplo, os pais se posicionem claramente, que são contrários a qualquer tipo de vício, do mesmo modo como fazem questão de ressaltar, diante de todos, tudo aquilo do que gostam.

 
A Criança Estressada


 

A obrigação de ter uma habilidade não compatível com suas predisposições, e as vezes desnecessárias ao seu bem estar profissional ou social, cria um tímido.
Criança não nasce estressada, ou agitada, ou malcriada, ela aprende tudo isso, com seus tutores, sejam eles pais biológicos ou secundários, que são seus primeiros e mais importantes educadores, seus primeiros instrutores.

Imagine que, na fase mais importante de suas vidas, que são seus primeiros anos de condicionamento mental, quando tomam conhecimento das principais fraquezas ou virtudes dos outros, quando através da identificação, da imitação, irão ou não adotar para si tais comportamentos, na maioria das vezes, as deixamos aos cuidados de qualquer um.

E estes primeiros instrutores, que até podem ser seus pais, ou computadores, ou televisores, colocarão dentro da mente de cada uma dessas crianças, suas manias, fraquezas, suas preferências, conflitos, e talvez, virtudes. E tudo isso servirá de base, lastro para a construção de suas personalidades, seu modo peculiar de ver e viver o mundo.
  Seus desejos, a raiz da maioria das frustrações humanas, também serão plantados nesse período. Ao se identificar com um personagem, que pode ser uma babá, um ídolo da moda, um educador, e tantos outros, a criança também se identifica com tudo que esteja relacionado com aquela pessoa. Isso inclui suas opiniões, seus gostos pessoais, suas crenças, seus ideais e assim por diante.

Se como adultos, já experientes, ainda julgamos os indivíduos pelas aparências, qual a reação que devemos esperar de crianças inocentes? A lógica é simples, elas se identificam com alguma coisa, porque nessa coisa, que podem ser objetos ou pessoas, buscam segurança psicológica, a sensação de que estão protegidas.

Uma criança nasce livre. Livre de crenças, de obrigações, sejam tarefas simples ou complexas. Não há vontade em suas pequenas mentes, estas, as suas vontades, nós lhes ensinaremos. Nos as ensinaremos a falar, a desejar, a preferir, a ficarem frustradas quando não conseguem obter aquilo que dizemos ser coisas importantes para elas. A importância das coisas, assim como suas reações diante de fracassos e sucessos, isso também lhes ensinamos.

O mundo não ensina a ninguém. O mundo não tem língua, nem é capaz de falar, muito menos de cuidar de uma criança. Isso é nosso papel, dos adultos, sejam pais, educadores ou qualquer outro. Como adultos, ensinamos a estas crianças como funciona nosso mundo, que logo será o mundo delas, que no futuro o será dos filhos destas, num ciclo infinito, aparentemente incapaz de ser contido, ou modificado.

Uma criança não nasce com raiva de alguma coisa, ou de alguém. Se como animal ela possui instintivamente, em si, a semente da violência, o modo como irá empregar essa violência em seus relacionamentos, este, fica por conta dos instrutores do mundo, ou seja, nós. Violência faz parte do instinto animal, serve como alicerce para a autopreservação. Faz parte do nosso medo primário, que é prudência diante dos perigos conhecidos.

Diante de um abismo, sabemos das conseqüências de uma queda, isso não é medo, é prudência, é inteligência. Ao cairmos desse mesmo abismo, segurar em suas bordas com todas as nossas forças, isso é colocar para fora todo nosso instinto animal de sobrevivência, e estaremos dispostos a tudo para lograrmos êxito. Aqui não se pensa, apenas se age, mesmo que nossos dedos sangrem, e mesmo a dor é ignorada. Isso é violência, é o despertar da força de sobrevivência interior, ou como diziam os antigos, o despertar do instinto primário.

A raiva é coisa dirigida, consciente, sabemos exatamente porque estamos com ela. É uma deformação do estado de violência primária, uma má aplicação causada pela falta de compreensão que temos desse estado natural. Ficamosinsatisfeitos com qualquer coisa, e naturalmente, logo desejamos nos livrar da causa ou causador. Assim nos foi ensinado, assim, de forma incondicional, também instruiremos aos nossos descendentes.

Ensinar as crianças que o perder faz parte do seu aprendizado diante da vida, que na verdade não se perde, só o podemos fazê-lo, se nós mesmos já compreendemos bem essa coisa. Como podemos ganhar alguma coisa se ainda não sabemos o que é perder? Imagine um mundo onde todos ganham; como saberão que são vencedores se não houvessem os perdedores, aqueles que precisam perder ao menos uma vez, para então aprenderem o que significa uma vitória?

Podemos ensinar isso às nossas crianças, o fato de que nada se perde, que o erro é imprescindível ao aprendizado. Como podemos ensinar o que é acerto se não tivermos um erro como referência? Decerto não podemos. Isso precisa ser compreendido, e explicado de uma forma clara, de modo que possam entender. Assim não mais temerão os erros, e cuidarão, naturalmente para que nunca se repitam. Usarão os mesmos como guias para seus acertos, sem frustrações, sem ressentimentos, sem raiva, sem ansiedades desnecessárias.
 
A Mente Infantil - Parte 1

 

Para criarmos na criança nova, uma nova mentalidade, primeiro não temos que ter em nós mesmos essa nova mente?
A criança não aprende a engatinhar, ela apenas pratica aquilo que já sabe, e isso ninguém a ensinou a fazer. Chama-se a isso de instinto, igual a sua capacidade de saber chorar ao sentir fome ou desconforto físico. Do mesmo modo, ninguém a ensina a ouvir, ou a ter paladar, ou a ser sensível ao tato, ou a ter a capacidade de enxergar.

Tudo isso são processos involuntários, que mais tarde, servirão de meios para que ela seja capaz de entender o seu mundo. Assim, a criança não aprende a sentir gosto pelos alimentos, ela aprende, mais tarde, a interpretar intelectualmente o que está comendo. A mesma regra vale para todas as demais situações onde os sentidos se façam presentes.
  Através da dedução lógica, o adulto acha que é capaz de imaginar, o que uma criança muito pequena está pensando; mas ele está enganado, pois, sendo ela muito pequena, ainda não pensa. E coloque-se qualquer objeto diante da mesma, e este será alvo de sua infinita curiosidade. O fato de ser naturalmente curiosa diante de qualquer coisa, não significa que possua uma vontade dirigida, voluntária e consciente.

Diante de qualquer objeto, motivada por uma curiosidade inata, ela tende a se sentir naturalmente atraída. Trata-se de puro instinto, sua curiosidade, nessa fase da vida, até por uma questão de ligeira adaptação ao mundo onde pretende sobreviver. Mas, isso tende a deixá-la vulnerável a todo tipo de influência externa, seja ela coisa má ou boa.

Sua mente ainda está limpa, não possui memórias suficientes, nem uma experiência prática para que seja capaz de elaborar pensamentos lógicos. Um pensamento lógico só pode surgir quando há experiência de qualquer natureza, uma vez que a ordem da lógica é resultado de uma comparação, medição, entre um meio conhecido, que são as memórias, e outra coisa, como um desafio novo, por exemplo.

Por instinto, a criança tende a se apegar rapidamente, mecanicamente, a qualquer objeto que lhe dê a sensação imediata de segurança física, pois segurança física é a única coisa de que necessita nesse momento. Ainda não sente medo, pois sua psique não possui memórias, lembranças de eventos vividos que a facultem lembrar de situações desagradáveis, ou atemorizantes. Também não sente necessidade de segurança psicológica, como os adultos, pois seu cérebro ainda não possui dados suficientes para isso.

A mãe é um desses objetos, ao qual ela se apega, uma vez que participa do seu bem estar, lhe dando alimento, conforto físico, aliviando seu stress, e tudo isso significa segurança física. Seus primeiros brinquedos tendem a atrair sua atenção, não porque sejam bonitos, ou interessantes do ponto de vista estético, ou engraçados, uma vez que todos esses conceitos são conclusões do intelecto, de uma mente que pensa, coisa que ela ainda não é capaz de, conscientemente, fazer.

Mas, para seus sentidos, o toque em objetos é coisa que a conforta, e quanto maior a quantidade de sentidos que ela possa trabalhar, exercitar, ao mesmo tempo com aquele acessório, mais atração e apego sentirá pelo mesmo. Ocorre que involuntariamente, sem que ela pense, seu cérebro primitivo, onde estão gravadas as instruções básicas de sobrevivência, ordenará que seus sentidos sejam testados, a todo instante. Daí sua enorme necessidade de pegar e sentir tudo que está à sua volta, sem preconceitos, sem cuidado algum, sem receios.

Usar os sentidos à exaustão, é o preparo base que sua psique precisa nesse momento. É lá onde serão gravadas informações essenciais, tais como, aquilo que é coisa desagradável e coisa agradável. Esse é o ponto de onde sua inteira personalidade será traçada. Daí nascerá o modo de comportar-se daquele indivíduo, a forma como interpretará o mundo e o modo como aparentemente "esse mundo" funciona.

Ao apegar-se a um objeto, brinquedo ou qualquer outra coisa, ela começa a desenvolver sua memória lógica, e logo sentirá necessidade de repetir aquela experiência sensorial com o mesmo. A repetição é necessária porque o cérebro precisa disso para ser capaz de gravar uma informação de forma definitiva. Por isso, irá preferir mais uns que outros, e os preferidos serão aqueles que ofereçam mais recursos, isto é, que sejam capazes de exercitar mais de um sentido ao mesmo tempo.

Sentir-se-á segura ao depender daquele objeto, pois sua mente já começa a construir um ponto seguro sobre o qual pretende se apoiar. E o objeto se torna seu conhecido, e o fato de repeti-lo muitas vezes, na sua mente, faz iniciar o processo de identificação pessoal com seu mundo. E sua personalidade começa a se formar, e também suas preferências, tudo isso a depender da sensação de conforto, ou prazer, que o objeto lhe proporciona.

A partir desse ponto, ela começa a comparar a sensação obtida com aquela experiência, com as demais que terá daí por diante. Pode ser um timbre de voz, uma música, um gesto tátil de carinho, um som desagradável ou agradável, um temor, e assim por diante.

Como ela nada conhece desse mundo novo, só é capaz de aprender através da imitação, por isto repetirá dos adultos, seus costumes, manias, medos, alegrias, vícios, tristezas, e tudo o mais. E mais uma vez, precisará repetir cada uma dessas coisas até fixar bem como memória definitiva em seu cérebro. Cria-se assim um novo indivíduo, cresce um novo veículo humano, mas com a mesma antiga mente que os adultos já possuem.

Por isso mesmo, nós, como adultos e educadores, conscientes desse fato, podemos criar esse novo indivíduo, com uma nova mente, sem repetir nossos velhos vícios, medos e amarguras. Ou podemos simplesmente, ignorar o fato, e apenas repetir a mesma e antiga mentalidade, com suas deformações e incoerências; repetir o mesmo padrão de violência e insensatez que conhecemos bem, enfim, repetir o mesmo "pensamento" que já criou o atual modelo de mundo onde vivemos.


 

sábado, 7 de maio de 2011

Crianças , Anjos Especiais!

Este termo é muito genérico, abrange as mais diferentes síndromes infantis . Todas as crianças são muito especiais, mas algumas precisam de um apoio, de um olhar, de uma atenção especial, de um acompanhamento e acima de tudo muito carinho.
É sobre estas crianças que vamos tentar falar um pouco e chamar sua atenção. A criança portadora de necessidades especiais, além do direito, tem a necessidade de cursar uma escola normal, de ser tratada com muito carinho e respeito por todos nós. 

Autismo 
O autismo é uma deficiência no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.


Causas:
Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso, pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou parto. 

Sintomas:
Os sintomas do autista, geralmente persistem ao longo de toda a vida e são verificados através de muita observação, tais como:
  • Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as pessoas peguem para eles sem manifestarem esforço para faze-lo.
  • Resiste a mudanças de rotina.
  • Isola-se e não se mistura a outras crianças.
  • Não mantêm contato visual com outra pessoa.
  • Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.
  • Resiste ao aprendizado.
  • Apresenta apego a determinados objetos.
  • Não apresenta medo de perigos.
  • Gira objetos de maneira estranho e peculiar.
  • Apresenta risos e movimentos com relação a nada.
  • Resiste extremamente ao contato físico.
  • Acentuada hiperatividade física.
  • Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas aparentemente sem motivo.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar balançando-se.
  • Apresenta comportamento indiferente e arredio.
  • Cheira ou lambe os brinquedos.  
Diagnóstico
Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo. Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas. Quando bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção por longos períodos em determinados itens. Outras crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através de entrevista e histórico do paciente. No entanto, tem famílias que levam anos para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.
Tratamento
O tratamento deve ser feito por uma equipe multi e interdisciplinar:
  • Tratamento médico - formado por pediatra, neurologista, psiquiatra e dentista.
  • Tratamento não-médico - formado por psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar.
Contudo, a família e a base do tratamento com envolvimento total ao mesmo, estes devem procurar uma fonte de apoio que pode ser um terapeuta, um amigo, uma religião e lembrar-se sempre que o autismo é para sempre, mas não é uma sentença de morte e todos os familiares devem procurar se informar ao máximo sobre o autismo, para poder auxiliar no tratamento.
Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento, porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo.
O sucesso do tratamento depende exclusivamente da dedicação qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento, bem como a dedicação e empenho dos familiares. 
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Deficiência Mental

Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir deficiência mental como o estado de redução notável do funcionamento intelectual inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.
Segundo critérios das classificações internacionais, o início da Deficiência Mental deve ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando assim um transtorno do desenvolvimento e não uma alteração cognitiva como é a Demência.
É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.
A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas. 
Intensidade dos Apoios
Intermitente:
Apoio 'quando necessário'. Se caracteriza por sua natureza de episódios. Assim, a pessoa não precisa sempre de apoio ou requer apoio de curta duração durante momentos de transição em determinados ciclos da vida (por exemplo, perda do emprego ou fase aguda de uma doença). Este apoio pode ser de alta ou de baixa intensidade.
Limitado:
Apoios intensivos caracterizados por sua duração, por tempo limitado, mas não intermitente. Podem requerer um menor número de profissionais e menor custo que outros níveis de apoio mais intensivos (por exemplo, treinamento para o trabalho por tempo limitado ou apoios transitórios durante o período entre a escola e a vida adulta).
Extenso:
Apoios caracterizados por sua regularidade (por exemplo, diária) em pelo menos em algumas áreas (tais como na vida familiar ou na profissional) e sem limitação temporal (por exemplo, apoio a longo prazo e apoio familiar a longo prazo)
Generalizado:
Apoios caracterizados por sua constância e elevada intensidade, proporcionados em diferentes áreas, para proporcionar a vida. Estes apoios generalizados exigem mais pessoal e maior intromissão que os apoios extensivos ou os de tempo limitado. "
 
Fatores de Risco e Causas Pré Natais. 


Incidem desde a concepção até o início do trabalho de parto como:
  • desnutrição materna;
  • má assistência à gestante;
  • doenças infecciosas: sífilis, rubéola, toxoplasmose;
  • tóxicos: alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos (medicamentos teratogênicos), poluição ambiental, tabagismo;
  • genéticos: alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais), ex. : Síndrome de Down, Síndrome de Matin Bell; alterações gênicas, ex.: erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria), Síndrome de Williams, esclerose tuberosa, etc.
Fatores de Risco e Causas Periantos.
Incidem do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê como:
  • má assistência ao parto e traumas de parto;
  • oxigenação cerebral insuficiente;
  • Prematuridade e baixo peso;
  • Icterícia grave do recém nascido.
Fatores de Risco e Causas Pós Natais. 


Incidem do 30º dia de vida até o final da adolescência e podem ser:
  • Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;
  • Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc. ;
  • Intoxicações exógenas (envenenamento): remédios, inseticidas, produtos químicos (chumbo, mercúrio, etc.);
  • Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.
  • Infestações: neurocisticircose (larva da Taenia Solium).
Como Identificar:
  • Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor (a criança demora para firmar a cabeça, sentar, andar, falar.
  • Dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar). 
Diagnóstico:
O diagnóstico, sempre que possível, deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta pelo menos de um assistente social, um médico e um psicólogo que atuando em equipe possuem condições de avaliar o indivíduo em sua totalidade.

  • assistente social - analisará os aspectos sócio culturais
  • médico - analisará os aspectos biológicos
  • psicólogo - avaliará os aspectos psicológicos e nível de deficiência mental.  
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Obesidade Infantil e na Adolescência

A obesidade não é mais apenas um problema estético, que incomoda por causa da “zoação” dos colegas. O excesso de peso pode provocar o surgimento de vários problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto.
Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta.
As crianças em geral ganham peso com facilidade devido a fatores tais como: hábitos alimentares errados, inclinação genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos, problemas na convivência familiar entre outros.
As pessoas dizem que crianças obesas ingerem grande quantidade de comida. Esta afirmativa nem sempre é verdadeira, pois em geral as crianças obesas usam alimentos de alto valor calórico que não precisa ser em grande quantidade para causar o aumento de peso.
Consumo demasiado de alimentos gordurosos
Como exemplo podemos citar os famosos sanduíches (hambúrguer, misto-quente, cheesburguer etc.) que as mamães adoram preparar para o lanche dos seus filhos, as batatas fritas, os bife passados na manteiga são os verdadeiros vilãs da alimentação infantil, vindo de encontro ao pessoal da equipe de saúde que condenam estes alimentos expondo os perigos da má alimentação aos pais onde alguns ainda pensam que criança saudável é criança gorda. As crianças costumam também a imitar os pais em tudo que eles fazem, assim sendo se os pais tem hábitos alimentares errados, acaba induzindo seus filhos a se alimentarem do mesmo jeito.
Falta de atividades físicas
A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (computadores, televisão, videogames, etc.), fazem com que as crianças não precisem se esforçar fisicamente a nada. Hoje em dia, ao contrário de alguns anos atrás, as crianças devido a violência urbana a pedido de seus pais, ficam dentro de casa com atividades que não as estimulam fazer atividades físicas como correr, jogar bola, brincar de pique etc., levando-as a passarem horas paradas enfrente a uma tv ou outro equipamento eletrônico e quase sempre com um pacote de biscoito ou um sanduíche regados a refrigerantes. Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade.
Ansiedade
Não são apenas os adultos que sofrem de ansiedade provocados pelo stress do dia a dia. Os jovens também são alvos deste sintoma, causados, por exemplo, por preocupações em semanas de prova na escola ou pela tensão do vestibular, entre outros. A ansiedade os faz comer mais.É como se fosse uma comilança compulsiva, sem fome.
Psiquiatras afirmam que por trás de um obeso sempre poderá existir um problema psicológico, agravando-se devido a nossa cultura onde a sociedade exclui os gordinhos de várias brincadeiras devido a sua situação. Isso só leva a criança ou adolescente a piorar porque quase sempre são tímidas e sentem-se envergonhadas, acabam se isolando e fazendo da alimentação uma “fuga” da realidade, isto é, quanto mais rejeitado, mais ansiosos mais comem.
Depressão
Pessoas com sintomas de depressão, sofrem alterações no apetite podendo emagrecer ou engordar. Algumas pesquisas comprovaram que a pessoa deprimida, geralmente não pratica atividades físicas e come mais doces, principalmente, o chocolate.
Fatores hormonais
A obesidade pode ainda ter correlação com variações hormonais tais como: excesso de insulina; deficiência do hormônio de crescimento; excesso de hidrocortizona, os estrógenos etc.
Fatores Genéticos
Algumas pesquisas já revelaram que se um dos pais é obeso, o filho tem 50% de chances de se tornar gordinho, e se os dois pais estão acima do peso, o risco aumenta para 100%. A criança que tem pais obesos corre o risco de se tornar obesa também porque a obesidade pode ser adquirida geneticamente.
Você já prestou atenção e que tem sempre alguém gordinho na sua turma ou entre os seus amigos do bairro?
Isso indica que a obesidade é um risco cada vez mais presente na vida dos jovens de hoje em dia, o que é muito preocupante. Você sabia que nos anos 70, a relação de brasileiros obesos entre 6 e 18 anos em condições acima do peso eram apenas 3%?
E o pior que nos últimos 30 anos o contingente de gordos aumentou 5 vezes, ou seja, aproximadamente 6,5 milhões de crianças e adolescentes são obesos.
revenção é a palavra chave para evitar a obesidade. Aqui vão algumas dicas recomendadas por médicos e nutricionistas para que você se previna contra esse mal e tenha uma vida sempre saudável:
  • Seguir uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e verduras.
  • Respeitar os horários das refeições e não beliscar guloseimas entre um intervalo e outro.
  • Evitar alimentos gordurosos, como doces, frituras e refrigerantes
  • Praticar atividades físicas, sejam esportes no colégio ou academia, desde que seja
    orientado por um profissional. Caminhar é a melhor pedida, pois qualquer pessoa pode
  • Beba bastante água, pelo menos 2 litros por dia. A água é importantíssima
    no bom desempenho das funções do organismo.Principalmente para quem pratica
    atividades físicas, pois mantém o corpo sempre hidratado.
A obesidade é um problema grave e deve ser encarado com cuidado. Se você está ou conhece alguém que esteja acima do peso, deve procurar ajuda médica, pois as causas da obesidade podem ter diversas origens desde hábitos irregulares até fatores genéticos e hormonais. Quanto mais cedo for tratado, maiores são as chances de cura. Mas não se esqueça que o mais importante é estarmos de bem com nós mesmos. Ter um corpo legal depende do equilíbrio emocional e uma mente consciente.
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Sindrome de Down 
Para entender melhor o termo vamos tentar explicar por partes começando pela origem do nome da síndrome. Síndrome – Conjunto de características que prejudicam de algum modo o desenvolvimento do indivíduo.
Down – Sobrenome do médico que descreveu esta síndrome John Langdon Down .
A Síndrome de Down também pode ser chamada de trissomia do 21 e as pessoas que a possuem de trissômicos . Freqüentemente, a Síndrome de Down é chamada de "mongolismo" e as pessoas que a apresentam de "mongolóides". Todavia, estes termos são totalmente inadequados preconceituosos, criados a partir de descrições incorretas realizadas no passado e, por isso, devem ser evitados . A síndrome de down é um atraso no desenvolvimento, das funções motoras do corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e “molinho” (hipotonia).
Causas
Dentro de cada célula do nosso corpo, estão os cromossomos, responsáveis pela cor dos olhos, altura, sexo e também por todo o funcionamento e forma de cada órgão do corpo interno, como o coração, estômago, cérebro, etc. Cada uma das células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois, quer dizer, existem 23 pares ou duplas de cromossomos dentro de cada célula. Um desses cromossomos, chamado de nº21 é que está alterado na Síndrome de Down. A criança que possui a Síndrome de Down, tem um cromossomo 21 a mais, ou seja, ela tem três cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de ter dois. É a trissomia 21. Portanto a causa da Síndrome de Down é a trissomia do cromossomo 21. Podemos dizer que é um acidente genético. Esse erro não está no controle de ninguém.

Conseqüências
Em face de hipotonia do bebê, este é mais quieto, apresenta dificuldade para sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros.
A abertura das pálpebras é inclinada como parte externa mais elevada, e a prega, no canto interno dos olhos é como nas pessoas da raça amarela. Tem a língua protusa (para fora da boca). Em 40% dos casos são encontradas cardiopatias. Sua estatura é baixa. Apresenta um rebaixamento intelectual.
Não há cura para esta síndrome, ela é uma anomalia das próprias células, por isso não exite meio algum de cura até o momento.
Como forma de tratamento pode-se iniciar a partir do 15º dia do nascimento programas de estimulação precoce que propiciem ao bebê seu desenvolvimento motor e intelectual.
 
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Síndrome de Williams
O que é?
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma desordem genética que, talvez, por ser rara, freqüentemente não é diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome desta síndrome vem do médico, Dr. J.C.P. Williams que a descreveu em 1961 na Nova Zelândia e pelo Dr. A. J. Beuren da Alemanha em 1962 .
Acometendo ambos os sexos, na maioria dos casos infantis (primeiro ano de vida), as crianças têm dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e choram muito.
A síndrome de Williams é uma doença caracterizada por "face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Estas crianças normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Seu comportamento é sociável e comunicativo embora utilizem expressões faciais, contatos visuais e gestos em sua comunicação.
Embora comecem a falar tarde, por volta dos 18 meses, demonstram facilidade para aprender rimas e canções, demonstrando muita sensibilidade musical e concomitantemente boa memória auditiva.
Seu desenvolvimento motor é mais lento. Demoram a andar, e tem grande dificuldade em executar tarefas que necessitem de coordenação motora tais como: cortar papel, desenhar, andar de bicicleta, amarrar o sapato etc..
Tratamento e Prevenção das Complicações
É muito importante identificar portadores desta síndrome logo na primeira infância, pois, tem influência em diversas partes do desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor.
As medidas preventivas devem-se iniciar logo após o diagnóstico com um estudo minucioso para descarte de anomalias do coração e rins. É necessário monitorar freqüentemente a hipertensão arterial, incluindo a avaliação da tensão arterial nos quatro membros.
A otite crônica exige avaliações auditivas freqüentes e quando necessário o envio para uma consulta de otorrinolaringologia. O tratamento de problemas dentários necessita da profilaxia da endocardite. Face às infecções urinárias freqüentes torna-se necessário avaliar a função renal periodicamente e realizar um estudo minucioso na infância e na adolescência.
Na adolescência, para além de se manter a vigilância dos sistemas já descritos, deve-se pesquisar a presença de escoliose e contratura das articulações. Os problemas alimentares observados nos mais novos são ultrapassados, sendo a obesidade encontrada em 29% dos adultos. O comportamento e aproveitamento escolar, quando problemáticos carecem de medidas de apoio. A ansiedade pode estar associada à úlcera péptica e a litíase biliar é um diagnóstico possível em doentes com dores abdominais.
Personalidade e comportamento
Nas crianças portadoras desta síndrome é grande a sociabilidade, entusiasmo, grande sensibilidade, tem uma memória fantástica para pessoas, nomes e local; ansiedade medo de alturas, preocupação excessiva com determinados assuntos ou objetos, distúrbios do sono, controle do esfíncter É normal crianças com esta síndrome serem amigas de adultos e procurarem a companhia deles ao mesmo tempo tem dificuldade em fazer amizades outras crianças da sua idade. Muitas crianças com esta síndrome demonstram medo ao escutarem ruídos de bater palmas, liquidificador, avião, etc., por serem hipersensíveis ao som. 
 
 
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Síndrome do Usher

A comunicação com o tato facilita a vida dos portadores da doença, que afeta a audição e a visão.
De origem genética, a síndrome tem graus variáveis se associando a surdez, presente já no nascimento, com a perda gradual da visão, que se inicia na infância ou na adolescência. A cegueira, parcial ou total, é causada pela retinose pigmentar, mal que pode atingir até não-portadores.
A doença afeta primeiro a visão noturna e depois a periférica, das laterais, preservando por mais tempo a central. Causa também sensibilidade a excesso de luminosidade.
EXISTEM QUATRO TIPOS DE SÍNDROME DE USHER
USHER TIPO I
Provoca surdez profunda de nascimento e retinose pigmentar, cegueira noturna com perda de equilíbrio.
USHER TIPO II Provoca surdez leve a moderada, não progressiva com retinose pigmentar no início na puberdade, cegueira noturna e com perda de equilíbrio na maioria dos casos na fase adulta.
USHER TIPO III Provoca surdez neuro-sensorial congênita progressiva, isto é, nascem com uma boa audição ou com ligeira perda, que aos poucos vai aumentando. Apresentam também retinose pigmentar e cegueira noturna que aparece na infância, com perda de equilíbrio.
USHER TIPO IV É um tipo mais raro , afeta apenas 10% da população acometida pela Síndrome de Usher.


Embora esta síndrome seja incurável, é possível suavizar ou espaçar alguns de seus efeitos. Nos casos de surdez parcial pode-se atenuar com cirurgias e aparelhos auditivos. Os óculos também podem ser mais adequados, incluindo os de visão subnormal. A retinose pigmentar costuma ainda ter problemas associados, como catarata e edema macular, que podem ser operados, permitindo que a pessoa enxergue melhor por mais tempo.
O importante é diagnosticar precocemente esta síndrome para que se possa tomar medidas no sentido de amenizar ou mesmo retardar as seqüelas desta doença. Nos casos de qualquer sintoma relacionado à surdez e a visão na infância, precisa-se estar atento , para identificar a presença da Síndrome de Usher.
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SCLEROSE TUBEROSA

Doença rara e pouco conhecida de difícil diagnóstico. Em muitos casos de Esclerose Tuberosa os portadores são tardiamente diagnosticados e a falta de informação dificulta o tratamento de seus sintomas.

A Esclerose Tuberosa, também conhecida como Síndrome de Bourneville-Pringle ou Epilóia, é uma desordem genética e, portanto, uma doença não contagiosa, causada por anomalias nos genes TSC1 ou TSC2, dos cromossomos 9 e 16, respectivamente.
Inicialmente a Esclerose Tuberosa foi descrita no sistema nervoso central por Bourneville, em 1880.
É uma doença degenerativa, causadora de tumores benignos, que pode afetar diversos órgãos, especialmente cérebro, coração, olhos, rins, pele e pulmões.
As manifestações clínicas da doença podem variar dependendo do grau de acometimento dos órgãos afetados. Podendo surgir lesões na pele, nos ossos, dentes, rins, pulmões, olhos, coração e sistema nervoso central.
As lesões dermatológicas se apresentam sob a forma de nódulos de cor vermelha ou cereja geralmente na região facial. As lesões retinianas afetam as camadas superficiais da retina e as lesões cerebrais podem ser tumores e calcificações na região dos ventrículos cerebrais.
É uma doença rara, de tendência evolutiva que pode afetar ambos os sexos de todas as raças e grupos étnicos. Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.

Quadro Clínico
A Esclerose Tuberosa é caracterizada por Deficiência Mental, epilepsia e erupção facial tipo adenoma sebáceo. Devido a tais características a doença também foi chamada de epilóia.
epil = epilepsia
oi = oligofrenia ==> Epiloia
a = adenoma
Os sintomas da Esclerose Tuberosa são o aparecimento de neoplasias benignas em um ou mais órgãos, sendo o sistema nervoso central e retina, pele, coração e rins os mais comuns de serem afetados. Tumores cerebrais no Sistema Nervoso Central também podem ocorrer em casos confirmados da doença, aparecendo até aos 20 anos de idade do paciente.
Esclerose Tuberosa aparece no sistema nervoso central através de tumores benignos e nódulos.
As variações de sintomas entre pacientes são muitas, mas, os mais comuns são as crises epiléticas, incluindo também o Retardo Mental ou a hidrocefalia secundária. A Deficiência Mental pode estar ausente em cerca de 30% dos casos, mas as convulsões, de difícil controle, aparecem em cerca de 80%, começando antes dos 5 anos de idade.
Os exames que se pode fazer para constatação e acompanhamentos da Esclerose Tuberosos são os exames genéticos de Cariótipo, a Tomografia Craniana Computadorizada, Ressonância Magnética Nuclear e Craniografia.
Tratamento:
Ainda não há cura para essa síndrome, apenas tratamento para seus sintomas, mas há muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida do portador. O tratamento é sintomático, isto é, procura-se sanar os sintomas que se manifestam, e normalmente é acompanhado da aplicação de anticonvulsivantes no intuito de se controlar as crises convulsivas presentes na maioria dos casos.
Além das medicações convencionais, diversas formas de terapias já mostraram resultados positivos, como o shiatsu, o reiki e as freqüências de brilho que trazem benefícios que variam de quadro para quadro, mas podem ser sensíveis em alguns casos. Terapias como a Homeopatia, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional têm sido um ganho enorme junto aos pacientes portadores da doença.

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Deficiência Auditiva

Deficiência auditiva é considerada como a diferença existente entre a desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI - 1989).
Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
A audição desempenha um papel principal e decisivo no desenvolvimento e na manutenção da comunicação por meio da linguagem falada, além de funcionar como um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas por dia, pois nossos ouvidos não descansam nem quando dormimos.
Tipos de Deficiência Auditiva:
  1. Condutiva :
Quando ocorre qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico. Esta deficiência pode ter várias causa, entre elas pode-se citar: C orpos estranhos no conduto auditivo externo, tampões de cera , otite externa e média, mal formação congênita do conduto auditivo, inflamação da membrana timpânica, perfuração do tímpano, obstrução da tuba auditiva, etc.
  • Sensório-Neural :
Quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da orelha interna ou do nervo auditivo. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível. A deficiência auditiva sensório-neural pode ser de origem hereditária como problemas da mãe no pré-natal tais como a rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes etc. Também podem ser causadas por traumas físicos, prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma de parto, meningite, encefalite, caxumba, sarampo etc.
  • Mista :
Quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.
4. Central ou Surdez Central :
Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
Em 1966 Davis e Silverman, os níveis de limiares utilizados para caracterizar os graus de severidade da deficiência auditiva são:
  • Audição Normal – Limiares entre 0 a 24 dB nível de audição.
  • Deficiência Auditiva Leve – Limiares entre 25 a 40 dB nível de audição.
  • Deficiência Auditiva Moderna – Limiares entre 41 e 70 dB nível de audição.
  • Deficiência Auditiva Severa – Limiares entre 71 e 90 dB nível de audição.
  • Deficiência Auditiva Profunda – Limiares acima de 90 dB.
Entre os muitos instrumentos usados para comunicação não oral, figura a linguagem dos sinais, criada por um monge beneditino francês, morador de um mosteiro onde imperava a lei do silêncio. Adotada há mais de cem anos, no Brasil é chamada de Libras.
Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – Feneis, um indivíduo que já tenha nascido com deficiência auditiva pode levar um ano para aprender a linguagem. Já alguém que ouve bem ou que perdeu a capacidade auditiva depois de adulto, pode levar um pouco mais de tempo para aprender, por ter se habituado à linguagem oral. 
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Deficiência Visual
É uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A deficiência visual inclui dois grupos: cegueira, visão subnormal.
Cegueira
Têm somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisam aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão. Deverá, no entanto, ser incentivado a usar seu resíduo visual nas atividades de vida diária sempre que possível.
Visão Subnormal ou Baixa Visão
É considerado portador de baixa visão aquele que apresenta desde a capacidade de perceber luminosidade até o grau em que a deficiência visual interfira ou limite seu desempenho. Sua aprendizagem se dará através dos meios visuais, mesmo que sejam necessários recursos especiais.
Tanto a cegueira total quanto a visão subnormal pode afetar a pessoas em qualquer idade. Bebês podem nascer sem visão e outras pessoas podem tornar-se deficientes visuais em qualquer fase da vida.
Ela também ocorre independentemente de sexo, religião, crenças, grupo étnico, raça, ancestrais, educação, cultura, saúde, posição social, condições de residência ou qualquer outra condição específica.
A deficiência visual interfere em habilidades e capacidades e afeta não somente a vida da pessoa que perdeu a visão, mas também dos membros da família, amigos, colegas, professores, empregadores e outros. O mais importante é criar o ambiente propício para a criança com deficiência visual conseguir alcançar um desenvolvimento compatível com o estágio de vida que se encontrar até que possa ter a capacidade de se tornar independente e ativa socialmente. Para tanto é extremamente importante que pais, amigos, professores e profissionais de saúde formem uma "equipe humana" onde cada um terá seu papel na estimulação precoce da criança, inserindo-a verdadeiramente na circunstância social em que se encontre.
  • Causas:
Através de acidentes com ferimentos, envenenamento, ou doenças tais como: tracoma, oftalmia neonatorum, xerofatalmia e fibroplasia retrolental.
  • Tratamento:
Deverá ser precoce com atendimento educacional adequado e programas especializados para que a criança tenha uma vida independente,